quinta-feira, 31 de maio de 2012

Túneis do Metrofor são compatíveis com o trem

24/05/2012 - Diário do Nordeste

Empresa levará 250 internautas para conhecer a linha Sul do Metrofor, no próximo dia 2 de junho

O presidente do Metrofor, Rômulo Fortes, classificou de "mentirosa e irresponsável" a denúncia de um empregado da Companhia de que os trens elétricos adquiridos pelo governo do Estado, na Itália, não entram nos túneis da linha Sul do metrô de Fortaleza. Segundo o denunciante, que pede para não ser identificado, o "gabarito", a altura dos trens seria maior do que a do vão dos túneis subterrâneos.

"Quem falou isso é um mentiroso, irresponsável e, com certeza, não é funcionário do Metrofor. Um caso desse, se acontecesse, era digno de se mandar prender", reagiu Fortes. "Eu jamais colocaria o governo do Estado em uma saia justa dessas", acrescentou o executivo.

Medidas

Segundo Fortes, os trens elétricos (TUEs) adquiridos da empresa AnsaldoBreda têm 4,5 metros de altura, do trilho ao teto, e mais 20 centímetros de espaço para o pantógrafo (equipamento que faz o contato elétrico do trem com a linha energizada), totalizando 4,70 metros. Enquanto que o túnel subterrâneo, com cerca de 3,2 quilômetros de extensão, tem altura de 4,86 metros, o que daria uma margem de sobra, "livre" de 16 centímetros, do pantógrafo ao teto do túnel .

De largura, acrescenta Fortes, cada trem tem 2,65 metros e o túnel, nove metros; espaço suficiente para correr as duas linhas do metrô, uma de ida e outra de volta, com bitolas métricas, entre trilhos, de um metro.

De acordo com o denunciante, o "problema", a limitação da altura do túnel, foi assunto corrente no Metrofor, na última semana e surgiu após os testes das linhas do túnel, realizadas na semana passada, em que foram utilizados Veículos Leves sobre Trilho (VLTs), em vez dos TUEs.

"Essa conversa está rolando entre os próprios maquinistas", disse a fonte, segundo quem "o uso dos VLTs nos túneis está descartado por serem carros movidos a diesel, o que encheria o local de monóxido de carbono". "Pelo gabarito das estações e dos trens, a altura não deu", disse.

Rômulo Fortes confirmou que os testes na área dos túneis foram realizados com VLTs, porque o trecho, que vai da Avenida Carapinima à Estação João Felipe , ainda não está energizado, o que irá começar no segundo semestre deste ano. "Não entramos com os trens italianos porque os túneis não têm energia", explicou Fortes, repudiando a informação repassada à imprensa, na tarde de ontem.

Para mostrar o andamento das obras, Rômulo Fortes disse ontem, que no próximo dia 2 de junho, um grupo de 250 internautas cadastrados pelo governo do Estado irá visitar e passear pela linha Sul do metrô, em um VLT. "Vou colocar os dois trens, um VLT e um italiano dentro do túnel, para que todos conheçam", antecipou o executivo.

Ainda segundo ele, as obras da Linha Sul estarão concluídas em julho próximo e a energização dos túneis, até dezembro. Em junho começa a operação assistida em parte da linha, de Pacatuba a Parangaba.

4 consórcios concorrem para gerir obras do VLT

Quatro consórcios apresentaram na manhã de ontem, à Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra) propostas para a construção e gerenciamento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do trecho Parangaba-Mucuripe. A empresa vencedora deve oferecer os serviços especializados de gerenciamento, supervisão, fiscalização e apoio técnico às obras civis de implantação do VLT, além da adequação do Ramal de Carga durante a fase pré-operacional, fornecendo suporte até o início da operação.

O valor de referência, que é o montante máximo do pregão, é de R$ 7.012.240,34.

Participaram os consórcios Concremat/Setec (Concremat Engenharia e Tecnologia S.A e Setec Hidrobrasileira Obras e Projetos Limitada), Gerenciador VLT Engevix/Enprol (Engevix Engenharia S.A e Enprol Engenharia e Projetos Limitada), KL/Ebei/MK (KL Serviços e Engenharia S.A, Empresa Brasileira de Infraestrutura Limitada e MK Engenharia e Arquitetura Limitada) e Projetec/Comol/ATP (Projetec Projetos Ténicos Limitada, Comol Construções e Consultoria Moreira Lima Limitada e ATP Engenharia Limitada). A documentação será enviada à Seinfra para análise de Habilitação, em que será observado o cumprimento de quesitos como regularidade fiscal. As empresas habilitadas serão convocadas a apresentar as propostas comerciais.

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