sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Para Prefeitura de Fortaleza, mudanças no VLT podem atrasar obras

26/10/2012 - Diário do Nordeste

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não permite passagem de nível em via férrea com intervalo de tráfego inferior a 30 minutos.

O titular do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), Daniel Lustosa, disse lamentar o anúncio do presidente do Metrofor, Rômulo Fortes, de alterar a operação do VLT Parangaba-Mucuripe no trecho da Via Expressa, caso o impasse entre Governo do Estado e Prefeitura sobre as desapropriações não se resolva.

Rômulo havia proposto que, se os túneis não chegarem a ser construídos, optaria-se por passagens de nível. O presidente disse ainda que esse modelo era "legal e viável".

Já Daniel Lustosa afirmou que a Prefeitura ainda não foi formalmente informada da nova proposta, e disse também que qualquer mudança acarretaria modificações no projeto e seria passível de causar atrasos. "É lamentável que, em uma altura dessas do campeonato, ainda se fale em modificação do projeto. Isso não é algo tão simples", afirmou.

Segundo Daniel, todos esses projetos passam por aprovações pela Prefeitura, Caixa Econômica, Ministério das Cidades e Gecopa, o que leva tempo.

Alteração

Em nota, o Metrofor disse que as passagens de nível mencionadas por Rômulo Fortes, na verdade deveriam ser eliminadas. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não permite passagem de nível em via férrea com intervalo de tráfego inferior a 30 minutos. O projeto do Metrofor para o VLT prevê intervalo de 15 minutos entre os trens.

A nota informa ainda que "quando não é possível retirar (as passagens de nível), pode-se operar com cruzamentos sinalizados". Contudo a operação ficaria mais difícil e impediria a diminuição de tempo entre um trem e outro, ainda de acordo com a nota. O Metrofor insiste que a mudança na operação não é o mesmo que uma mudança no projeto.

A assessoria do Metrofor informou que a proposta de Rômulo Fortes foi apenas uma sugestão técnica, mas não há nenhum estudo ou projeto formalizado sobre o assunto.

Fonte: Diário do Nordeste


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