quinta-feira, 22 de junho de 2017

Operação assistida do VLT tem data definida

22/06/2017 - Diário do Nordeste

Segundo a Secretaria da Infraestrutura, o trecho 2 do modal será o 1º a ser concluído após obras retomadas em 2015

Com trabalhos iniciados em 2012 e após passar por inúmeras paralisações, o primeiro a ficar pronto será o trecho 2 ( Foto: Reinaldo Jorge )

por Felipe Lima - Repórter

A operação assistida do trecho 2, do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que fica entre as estações Borges de Melo e Parangaba, começará no dia 15 de julho. A última previsão era para início em meados de maio.

De acordo com informações da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), os testes com a presença de passageiros dependem da conclusão do trabalho de nivelamento e alinhamento da via, que é indispensável para a segurança operacional.

Na operação assistida do trecho 2 do VLT Parangaba-Mucuripe serão disponibilizados dois trens que farão o transporte de passageiros entre as estações Borges de Melo e Parangaba, que já está com mais de 90% concluído, nos dois sentidos, no horário de 8h às 12h, de segunda a sexta-feira. Neste momento, não haverá cobrança da tarifa das passagens.

Conforme ainda a Companhia, os trens passarão nas estações a cada 15 minutos. "Por enquanto, está acontecendo a operação experimental, que consiste na passagem do trem pela via, no horário de 10h às 11h, com objetivo de testar o funcionamento de todo o sistema, sem passageiros", informou o órgão por meio de nota. As obras foram retomadas em outubro de 2015 e terão um custo total de R$ 48,4 milhões.

Sob responsabilidade da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), a obra do VLT como um todo está dividida em três trechos. Com trabalhos iniciados em 2012 e após passar por inúmeras paralisações, o primeiro a ficar pronto será o trecho 2. Para o órgão, esta é a etapa de implantação do modal em que a população começa a se habituar com a disponibilidade do novo serviço.

Após a esta entrega, deve ser concluído o trecho 1, que contempla a construção da passagem inferior da Avenida Borges de Melo. Com investimento de R$ 25,9 milhões, ele foi retomado em abril de 2016 e a previsão para conclusão é de 12 meses.

"Os trabalhos avançam e já alcançam 60% de execução. A previsão é de que o trecho 1 seja entregue em setembro de 2017", reforçou a Seinfra em nota. Por fim, o trecho 3, que compreende o percurso entre as estações Iate - no bairro Mucuripe - e Borges de Melo, possui expectativa de entrega somente para o ano de 2018.

Quando finalizado, a Secretaria afirma que o VLT terá 13,4 quilômetros ligando os bairros Mucuripe e Parangaba. Desta extensão, serão 12 quilômetros em superfície e 1,4 quilômetros de trechos elevados.

O modal atravessará 22 bairros, área que concentra mais de 500 mil moradores de Fortaleza. A previsão de demanda potencial do VLT é de 90 mil passageiros diariamente.

No Cariri

Na região do Cariri, passageiros voltaram a utilizar o VLT no último dia 12. As atividades foram suspensas para viabilizar as obras da Avenida do Contorno, na cidade de Juazeiro do Norte. O modal opera de 6h às 19h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados de 6h às 14h com tarifa a R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia).

sábado, 17 de junho de 2017

Em 7 meses, VLT avançou só 5%; Linha Leste parada

17/06/2017 - Diário do Nordeste

O Veículo Leve sobre Trilhos deveria ter ficado pronto em 2014. Já o trecho do Metrofor foi paralisado em 2015

De acordo com a Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), responsável pela obra, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe atingiu 65% de execução ( Foto: Thiago Gadelha )


O Governo do Ceará aguarda a liberação de R$ 2 bilhões para retomar a construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. Desse total, metade virá do Ministério das Cidades e a outra parte do BNDES ( Foto: Cid Barbosa )

Iniciadas em 2012, as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe deveriam ter ficado prontas para a Copa do Mundo de 2014. Os serviços foram suspensos em maio de 2014 devido à quebra de contrato com o consórcio CPE-VLT, em razão de descumprimento de prazos, sendo retomados em julho de 2015.

Responsável pelo empreendimento, a Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) informa que a obra, dividida em três trechos, está em andamento com 65%. Em novembro do ano passado, o percentual de execução era de 60%, mostrando que o trabalho pouco avançou em sete meses.

O primeiro trecho a entrar em operação é o 2, que está com 95% de execução e fica entre as estações Borges de Melo e Parangaba. Este trecho já está em operação experimental (sem passageiros) desde setembro do ano passado e deverá entrar em operação assistida até o fim deste mês, segundo a Seinfra. "Nesta fase, o sistema operará com passageiros, em horários reduzidos e terá embarque gratuito. Esta é a etapa de implantação do VLT em que a população começa a se habituar com a disponibilidade do novo serviço", diz a Seinfra.

Próximos passos

O trecho 1, que contempla a construção da passagem inferior da Avenida Borges de Melo, está com 60% dos serviços executados e deverá ser entregue em setembro deste ano. Já o trecho 3, que compreende o percurso entre as estações Iate e Borges de Melo, está com o cronograma em execução, com expectativa de entrega em 2018.

Quando finalizado, o VLT terá 13,4 quilômetros ligando os bairros Mucuripe e Parangaba. Desta extensão, serão 12 quilômetros em superfície e 1,4 quilômetros de trechos elevados.

Demanda

O Ramal atravessará 22 bairros, área que concentra mais de 500 mil moradores de Fortaleza. A previsão de demanda potencial do novo modal é de 90 mil passageiros por dia.

Os serviços nos três trechos são executados pelo Consórcio VLT Fortaleza, formado pelas empresas AZVI S/A do Brasil e Construtora e Incorporadora Squadro Ltda. A obra é estimada em R$ 284,6 milhões.

Metrofor

Para que as obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor) sejam retomadas, o governo estadual aguarda a liberação de cerca de R$ 2 bilhões, sendo R$ 1 bilhão do Ministério das Cidades e R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Há poucos dias, o governador Camilo Santana disse que, caso o impasse não seja resolvido, poderá entrar na Justiça para garantir os recursos para a Linha Leste. "Se não conseguirmos via diálogo, eu tomarei a decisão de judicializar, até porque eu tenho todos os documentos que mostram a autorização", afirmou.

As obras da Linha Leste do Metrô começaram em novembro de 2013 e foram paralisadas no início de 2015, por conta da reformulação societária articulada pelo consórcio Cetenco-Acciona, responsável pelos serviços.

A expectativa inicial era que parte do equipamento fosse entregue em 2014, o que não ocorreu, sendo a nova data de conclusão prevista para 2019.

Pelo aditivo, o valor contratual remanescente foi mantido, cujo saldo residual do montante global original é de R$ 2.212.336.307,43. Desse total, cerca de R$ 50 milhões já foram investidos na Linha Leste.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Metrô de Fortaleza: TCE recomenda que 2º consórcio assuma obra

13/06/2017 - O Globo

Parecer da área técnica busca solução para obra de R$ 2,3 bi parada
   
POR MANOEL VENTURA 

Abandono. ‘Tatuzões’ parados são símbolo de obra interrompida - Jarbas Oliveira / JARBAS OLIVEIRA/30-9-2016

BRASÍLIA - Um parecer da área técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Ceará recomenda que o consórcio que ficou em segundo lugar na licitação da Linha Leste do metrô de Fortaleza assuma as obras para a construção do empreendimento, que estão paradas e sem previsão de quando poderão ser retomadas. Caso essa medida não resolva o problema, os técnicos do tribunal querem que o governo do estado faça uma nova licitação para concluir a construção.

O consórcio que ficou em segundo lugar é formado por Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e a construtora cearense Marquise.

Com data original de entrega programada para 2019, apenas pouco mais de 1% da obra foi concluída. Há três anos, o maior edital regido pela Lei de Licitações foi vencido por um consórcio formado pela espanhola Acciona e pela paulista Cetenco, que assumiram a construção da Linha Leste por R$ 2,3 bilhões.

R$ 2 BI DE COFRES FEDERAIS

Em novembro do ano passado, reportagem do GLOBO mostrou que a obra está abandonada. Um dos emblemas do fracasso da empreitada é a imagem dos quatro “tatuzões” adquiridos pelo governo do Ceará. Os equipamentos serviriam para escavar túneis do metrô, mas hoje não passam de um aglomerado de toneladas de peças de metal abandonadas.

Do total do orçamento, R$ 2 bilhões sairiam dos cofres federais. Mas governos estadual e federal, que se associaram na obra do PAC Mobilidade Grandes Cidades, sequer concluíram os primeiros túneis da licitação. Com a interrupção de pagamentos para a obra em agosto de 2014, a Cetenco alegou ter recorrido administrativamente e na Justiça para receber pelos serviços feitos, até que enviou informação à sócia Acciona e à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) do Ceará dizendo que queria deixar o consórcio.

O governo cearense alegou, na ocasião, que a interrupção dos pagamentos se deu porque a Cetenco judicializou o processo. Numa decisão polêmica, em novembro de 2015, a construtora Marquise chegou a assumir o contrato ao lado da Acciona.

Em sua decisão recente, a área técnica do TCE recomenda ainda que o tribunal anule o ato do governo do Ceará que excluiu a Cetenco do consórcio. Os técnicos consideram, no entanto, que a volta da empresa ao consórcio original é “fato de desfecho improvável”. O parecer será levado para análise do plenário do TCE-CE, mas a data para o julgamento ainda não foi definida.

Apesar da previsão de entrega para 2019, o TCE considera o prazo “inexequível”. Os técnicos do TCE-CE também levantam dúvidas “sobre a disponibilidade orçamentária do estado em acatar com estas despesas”, já que a proposta precisará passar por reajustes, segundo o texto. Aponta ainda que o acréscimo de cada um quilômetro na obra representa um adicional de quase R$ 1,5 milhão.

Procurada, a Secretaria de Infraestrutura do estado do Ceará informou que tem se dedicado ao equacionamento financeiro da obra. O órgão destacou que tem buscado, junto ao Ministério das Cidades e ao BNDES, o cumprimento dos compromissos anteriormente assumidos pelo governo federal, que fundamentaram a licitação; ou seja, R$ 1 bilhão pelo Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão em financiamento pelo BNDES.

O TCE não comentou o parecer e O GLOBO não conseguiu contato com a Cetenco.

sábado, 10 de junho de 2017

Bilhetagem eletrônica do Metrô de Fortaleza está na reta final de implantação

09/06/2017 - Governo do Estado do Ceará

Metrofor.png

A implantação da bilhetagem eletrônica da Linha Sul do Metrô de Fortaleza está na reta final. Atualmente, por meio de contrato com empresa especializada, a Cia Cearense de Transportes Metropolitanos está finalizando os sistemas de energia das catracas eletrônicas, em todas as estações. Essa medida vai garantir o funcionamento das mesmas em eventuais quedas de alimentação elétrica. Esta é a última etapa para que a bilhetagem eletrônica seja iniciada integralmente na Linha Sul. O serviço já está concluído em nove das 19 estações em operação. E as demais serão integradas ao sistema gradativamente.

Nestas unidades (ver quadro abaixo), a bilhetagem eletrônica já está em funcionamento e já não são comercializados bilhetes de papel. Os usuários recebem cartões eletrônicos carregados com apenas uma passagem, e que são recolhidos pela catraca eletrônica no momento do embarque. Temporariamente, devido a restrições técnicas e operacionais, ainda não é possível comercializar passagens múltiplas através do cartão eletrônico – o que acontecerá até o fim de julho, quando todas as estações estiverem com suas catracas prontas para o uso.

Através dessa tecnologia, os bilhetes de papel estão sendo substituídos por cartões eletrônicos, trazendo inúmeras vantagens. Softwares e equipamentos necessários já estão instalados em todas as estações, e conectados com a sede administrativa da empresa, no bairro Moura Brasil, onde funciona o Centro de Controle Operacional (CCO) do sistema metroviário. A previsão atual é de que este sistema deva estar em funcionamento integral até o final de julho, em todas as estações.

Nesta fase, os usuários poderão comprar passagens múltiplas, unitárias ou meia passagem por meio de cartão eletrônico – e os bilhetes de papel já não estarão em circulação. Haverá também um cartão específico para gratuidades. Uma das vantagens do sistema eletrônico é dar viabilidade técnica para adesão do Metrofor ao Bilhete Único Metropolitano. Os estudos para isso estão avançados. A bilhetagem do Metrofor é um dos importantes investimentos que o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Infraestrutura e Cia Cearense de Transportes Metropolitanos, vem realizando e assim trazendo melhorias para o sistema.


ESTAÇÕES QUE JÁ OPERAM COM BILHETAGEM ELETRÔNICA:

Estação Chico da Silva
Estação Juscelino Kubitschek
Estação Couto Fernandes
Estação Rachel de Queiroz
Estação Porangabussu
Estação Modumbim
Estação Jereissati
Estação Virgílio Távora
Estação Benfica

Serviço:
Linha Sul do Metrô de Fortaleza
De 5h30 às 19, segunda-feira a sábado

R$ 3,20 (inteira) e R$ 1,60 (meia)

09.06.2017

 Foto: Tiago Stille / Governo do Ceará

Pedro Alves
Assessoria de Comunicação do Metrofor