terça-feira, 10 de abril de 2018

Obras da linha Leste do Metrô de Fortaleza são previstas para iniciar em junho

09/04/2018 - G1 CE

Duas das quatro licitações para continuidade da obra serão realizadas no dia 10 de maio.


As obras da linha Leste do Metrô de Fortaleza devem iniciar em junho de 2018 e durar quatro anos. (Foto: Secretaria da Infraestrutura/Divulgação) As obras da linha Leste do Metrô de Fortaleza devem iniciar em junho de 2018 e durar quatro anos. (Foto: Secretaria da Infraestrutura/Divulgação)

As obras da linha Leste do Metrô de Fortaleza devem iniciar em junho de 2018 e durar quatro anos. (Foto: Secretaria da Infraestrutura/Divulgação)

As obras da linha Leste do Metrô de Fortaleza, que ligará o Centro ao Bairro Papicu, devem ter início no próximo mês de junho. A previsão é do secretário da Infraestrutura do Governo do Ceará, Lúcio Gomes, que apontou ainda um prazo de quatro anos para os trabalhos serem concluídos.

Em 10 de maio a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) realiza duas das quatro licitações necessárias para dar continuidade ao projeto. Um dos certames está destinado à implantação das obras civis e sistemas de aquisição de equipamentos de oficina, o que se denomina "Fase 1" do empreendimento.

A outra licitação em questão trata-se da conclusão da construção do shaft, como é chamada a entrada por onde as máquinas tuneladoras passarão para escavar os túneis.

Os interessados em participar do processo de escolha dos responsáveis pelas obras devem entregar a documentação no dia 10 de maio na Central de Licitações da Procuradoria Geral do Estado (PGE) com as propostas comerciais e os documentos de habilitação.

Licitação

Uma das exigências da Seinfra para participar da licitação de obras civis e sistemas é que a proposta seja feita por empresa brasileira (de forma individual ou consorciada), especializada no objeto da licitação, ou por uma empresa estrangeira, mas consorciada a uma empresa nacional, sendo esta última a líder do contrato.

Também é requisitado que a empresa tenha um patrimônio líquido igual ou superior a 10% do valor global de cada orçamento apresentado pela Seinfra. A primeira licitação é calculada em R$ 1.709.251.083,09, enquanto a segunda tem valor total de R$ 6.546.792,06. "Neste novo modelo as obras e os sistemas estarão na mesma contratação, para garantir a plena funcionalidade e segurança da operação, e a otimização dos recursos, ao término do prazo da obra", comentou Lúcio Gomes.

Linha Leste

A linha Leste do Metrô de Fortaleza é uma continuidade do modal, que dessa vez ligará o Centro ao Papicu. Com extensão de 7,3 quilômetros, serão construídas uma estação de superfície (Tirol-Moura Brasil) e outras quatro subterrâneas (Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu).

domingo, 4 de março de 2018

Novo prazo para iniciar obras da Linha Leste previsto para junho

03/03/2018 - O Povo

As obras estão paradas desde o início de 2015 e a rescisão do último contrato do metrô foi publicada em 23 de fevereiro

OBRAS DA LINHA LESTE estão paradas desde 2015. Na foto, estação Colégio Militar AURÉLIO ALVES/ESPECIAL PARA O POVO
OBRAS DA LINHA LESTE estão paradas desde 2015. Na foto, estação Colégio Militar AURÉLIO ALVES/ESPECIAL PARA O POVO

Paralisadas desde 2015, as obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza podem ser retomadas ainda em junho deste ano. Isso porque o Governo do Estado pretende lançar edital para licitação do trecho em março. A informação foi confirmada ontem por Lúcio Gomes, titular da Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), durante audiência pública, ontem, na sede do órgão.

“Quinze dias antes da publicação do edital, é preciso audiência pública para colher sugestões e prestar esclarecimentos. Isso nos remete ao dia 26 ou 27 de março (publicação do edital). O prazo de uma licitação desse porte é de 45 dias”, afirma. “Depois tem recursos. Se tudo correr bem, até junho (início das obras)”, diz.

Serão três licitações. A primeira trata das obras e sistemas, tais como sinalização, telecomunicações e monitoramento. A segunda da compra do material rodante (trens e vagões). A terceira define empresa que gerencia as obras – não fica a cargo da Seinfra.

Para as obras estruturais, a ordem do recurso é de R$ 1,65 bilhão. Os outros R$ 200 milhões são relativos às licitações de material rodante e gerenciamento. A expectativa é de obra em quatro anos.

Com relação às tuneladoras, Lúcio Gomes explica que dois dos quatro equipamentos serão utilizados na primeira fase do projeto. “Cada máquina tem vida útil de 10.500 horas. Devemos trabalhar 15 metros por dia, rodando 20 horas em sete dias na semana. Vamos utilizar duas máquinas na fase um. As outras duas ficarão reservadas, protegidas e recertificadas com garantia estendida de 18 meses. O valor do contrato é de US$ 8,76 milhões com a norte-americana Robbins Company e sem custos mensais para o Estado.

O titular da Seinfra também destacou que a cearense Marquise, empresa que compunha o aditivo da construção com a espanhola Acciona, não está impedida de participar do certame. Na nova dinâmica do edital, até cinco empresas podem participar na formação de um consórcio. Vale lembrar que no dia 23 de fevereiro passado, o Estado publicou rescisão do antigo contrato com o Consórcio Metrô Linha Leste Fortaleza, formado pela cearense e a espanhola.

Em nota, a Marquise informa ainda não saber se vai concorrer à nova licitação ou se entrará na Justiça. Mas, conforme O POVO apurou, há clara insatisfação do consórcio em relação à relicitação e ao uso de apenas duas das quatro tuneladoras. A percepção é a de que o Governo está desmembrando o projeto anterior e não há nada de novo e que, portanto, as empresas poderiam continuar.

No nova definição, são adiadas obras da Catedral da Sé, Praça Luíza Távora e Leonardo Mota. Ficam Tirol, Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu. A Tirol, no Centro, receberá pátio para estacionamento e manutenção dos trens e vagões. A segunda fase seguirá o percurso do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) até o Edson Queiroz (Fórum).

INSATISFAÇÃO

O POVO apurou que as empresas Acciona e Marquise, que tiveram o contrato rescindindo em fevereiro, estão insatisfeitas com nova licitação

ENTENDA

DETALHES DO PROJETO

FASE 1

Terá extensão de 7,3 km e engloba quatro estações subterrâneas e uma de superfície, sendo dois de túneis paralelos (Chico da Silva e Papicu) e dois túneis sobrepostos (Colégio Militar e Nunes Valente). O prazo de conclusão é de quatro anos.

FASE 2

Entrarão as estações da Catedral da Sé, Praça Luíza Távora e Leonardo Mota. Serão licitados os trechos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) até a estação Edson Queiroz.

RECURSOS

Antes orçada em R$ 2,3 bilhões, a obra da Linha Leste teve seu valor reduzido para R$ 1,85 bilhão. R$ 1 bilhão corresponde ao recurso do BNDES e outros R$ 673 milhões serão do Tesouro Nacional. O Governo do Estado entrará com R$ 186 milhões.

SHAFT (VÃO INTERNO)

O Estado deve licitar março o shaft após a estação Chico da Silva, mas fora do projeto das três licitações previstas. O valor aproximado é de US$ 7,5 milhões. Ele é essencial para o trabalho das tuneladoras.
De acordo com secretário Lúcio Gomes, 42 profissionais trabalham na montagem e manutenção dos equipamentos, entre eles espanhóis, colombianos, iranianos, austríacos, norte-americanos e ingleses.

CHINESA CRRC PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

A empresa chinesa CRRC também participou da audiência pública, ontem, na Seinfra. Segundo Fernando Gao, representante da empresa no País, a licitação é uma oportunidade de a empresa entrar no mercado do Nordeste. O interesse da companhia, no entanto, é a licitação no material rodante. Com sede em Pequim, a CRRC realiza design, fabricação, teste, comissionamento e manutenção de locomotivas e material circulante, incluindo: locomotivas elétricas, locomotivas diesel-elétricas e diesel-hidráulicas de 280 kW a 10.000 kW. Atualmente emprega 180 mil trabalhadores.

sábado, 6 de janeiro de 2018

VLT deve ter novo trecho pronto até o fim de fevereiro

03/01/2018 - Diário do Nordeste

Quase cinco meses depois da realização de uma nova licitação para dar continuidade às obras, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe deve ter mais um trecho finalizado até o fim do próximo mês. 

Dividido em três partes e com 66,2% de execução, o modal funciona em operação assistida desde julho do ano passado no trecho de 5 km de extensão entre as estações Parangaba e Borges de Melo. Em fevereiro, a previsão da Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) é entregar a parcela que corresponde à construção da passagem inferior da Avenida Borges de Melo, que tem 90% dos trabalhos concluídos. 

Após o término da nova leva de intervenções, apenas uma etapa do ramal ficará com entrega pendente. Trata-se do terceiro trecho, situado entre as estações Borges de Melo e Iate, que inclui outras cinco plataformas. 

Destas, apenas a estação Mucuripe ainda não teve obras iniciadas. Já a estação Antônio Sales é a que se encontra em estágio mais avançado, com mais de 99% dos trabalhos executados. 

Segundo a Seinfra, o trecho entre as estações São João do Tauape e Borges de Melo está em operação experimental, funcionando sem passageiros. O teste servirá para alinhar e nivelar a linha férrea. O órgão não informou quando começará a operação com usuários, mas destacou que a expectativa é entregar toda a terceira etapa do modal até o fim de 2018. 

Essa é a única parcela do VLT que ainda possui desapropriações em andamento. De acordo com a Seinfra, o projeto do ramal prevê 2.600 imóveis desapropriados. Desses, 10% não foram desocupados, todos no terceiro trecho de obras. 

Operação assistida 

Com intervenções já finalizadas, o segundo trecho do VLT, entre as estações Parangaba e Borges de Melo, funciona em operação assistida desde o último mês de julho. Conforme a Seinfra, até o dia 27 dezembro, 66.406 passageiros haviam sido transportados pelo modal. 

A operação assistida acontece de segunda a sexta-feira, no período que vai das 6h até o meio-dia. O transporte dos passageiros é feito de forma gratuita. 

O atraso na entrega dos demais trechos se deve às seguidas paralisações das obras, ocasionadas por problemas contratuais com as empresas selecionadas para executar os trabalhos. Em agosto, após um distrato com o consórcio responsável pelas intervenções no terceiro trecho, uma nova licitação foi realizada para dar continuidade à obra. 

O trecho foi dividido em três lotes de licitação. O lote I corresponde à construção de quatro viadutos ferroviários na região das avenidas Rui Barbosa, Antônio Sales, Dom Luís e na Rua Aderbal Nunes Ferreira; de um elevado à altura da Avenida Aguanambi; e de duas pontes sobre o riacho do bairro São João do Tauape. O segundo lote inclui a construção e conclusão de seis estações e três passarelas. Já o terceiro se refere às obras nas vias férreas e acessos. 

Histórico 

Antes disso, em 2014, o Governo do Estado rompeu o contrato com o primeiro consórcio à frente das obras do ramal, que fazia parte do pacote de projetos de mobilidade para a Copa do Mundo no Brasil, naquele mesmo ano. A quebra do acordo foi atribuída ao descumprimento de prazos por parte das empresas. Os trabalhos só foram retomados em 2015, com a realização de outra licitação. 

O VLT Parangaba-Mucuripe deverá passar por 22 bairros de Fortaleza e atender mais de 500 mil moradores da Capital. Ao todo, o projeto conta com 10 estações, distribuídas ao longo de 13,6 km de extensão. A previsão da Seinfra é que o percurso de uma extremidade à outra da linha seja percorrido em aproximadamente 30 minutos, com intervalo de sete minutos entre veículos, em média. 

O transporte terá, ainda, integração com outros modais na Capital. A estação Parangaba possibilitará a ligação do ramal com o terminal de ônibus do bairro e a Linha Sul do Metrô de Fortaleza. Já a estação Papicu será conectada à Linha Leste do Metrô e ao terminal rodoviário da região.